ECAD VAI COBRAR DIREITOS AUTORAIS POR MÚSICAS EXECUTADAS EM SITES, BLOGS E RÁDIOS ONLINE
Apolêmica da atuação do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) passa dos espaços públicos, festas, casas noturnas, rádios e TVs e chega no mundo virtual. Entre os alvos, estão blogs, sites, as web radios, web TVs e podcasts, que terão que pagar um valor correspondente à execução de músicas.
O gerente-executivo de arrecadação da entidade, Márcio Fernandes, adianta que a cobrança deve começar ainda este ano. Quem estabelece a possibilidade é a lei 9.610/98, que alterou e atualizou a legislação sobre direitos autorais em 1998. E isso inclui também os vídeos do Youtube, hoje o principal meio de divulgação musical online. O Ecad e a Google do Brasil – a empresa é a detentora do Youtube – estão “trocando minutas”, segundo Fernandes, complementando que há possibilidade de as duas partes fecharem um acordo.
– O Ecad já ganhou uma ação contra o Kboing (rádio virtual). Estamos cobrando quando é caso de streaming, não dos downloads – explica o gerente, adiantando que as rádios analógicas que retransmitem a programação via web também terão de pagar.
A liberação do pagamento dependerá exclusivamente da iniciativa do autor em abrir mão do recolhimento, mediante notificação a uma das associações de titulares de direitos que compõem o Ecad. Até quem detém o mecanismo de licenciamento conhecido como Creative Commons – projeto sem fins lucrativos que disponibiliza licenças flexíveis para obras intelectuais – precisa comunicar o escritório.
Legislação
A situação legal do direito autoral tem sido motivo de lobby e muita discussão nos meios políticos. O Ecad e as associações que o mantêm defendem que a atual legislação seja mantida. O Ministério da Cultura defende a criação de uma nova lei, para substituir a de 1998. E em março, um grupo de artistas, representantes das associações de música e do Ecad encontraram-se com o senador catarinense Raimundo Colombo (DEM) em Brasília, para solicitar a retirada dos projetos de lei de sua autoria. Os textos de Colombo previam alterações na lei de direitos autorais de modo a abster alguns usuários de música do pagamento da retribuição autoral e diminuir o valor cobrado de organizadores de eventos de 10% para 1% da arrecadação bruta.
Não bastasse o impasse, o Ecad tem sido alvo de denúncias: duas CPIs – no Rio de Janeiro e em São Paulo – investigaram a atuação e existem inclusive ações no Ministério Público questionando a falta de um controle maior sobre as ações da entidade. O gerente-executivo, Márcio Fernandes, admite que o Ecad tem sido alvo de críticas e investigações, mas, na opinião dele, elas ocorrem por conta da pouca informação que público recebe sobre a atuação e função. Por isso, a entidade tenta mudar o quadro, apostando em maior divulgação de seu trabalho.
O Encontro Cultural de Laranjeiras vai para a sua 35ª edição e pela segunda vez leva o selo ‘Verão Sergipe’. O evento que reúne tradição, cultura e disseminação de conhecimento é realizado pelo Governo de Sergipe através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), em parceria com a prefeitura de Laranjeiras e a Universidade Federal de Sergipe. Em 2010 o evento completa 35 anos ininterruptos de existência e tem como objetivo discutir e divulgar a cultura popular de Laranjeiras.
Para a edição de 2010, o Encontro Cultural de Laranjeiras traz eventos diversas atividades a exemplo do simpósio acontecerá nos dias 07 e 08 de janeiro, no Campus da UFS de Laranjeiras, e que discutirá temas relevantes acerca do desenvolvimento e sustentabilidade da cultura do Estado. Para participar do simpósio, basta se inscrever de 04 a 06 de janeiro na Secult (Rua Dr. Leonardo Leite, s/n, São José), das 8h às 12h e das 14h às 18h, na Assessoria Cultural, ou no dia 07, no horário e local de realização do evento.
Além da realização do simpósio, as ruas de Laranjeiras serão tomadas por diversas apresentações dos grupos folclóricos do Estado, e o evento também conta com uma grande novidade: a arena multicultural.
Arena Multicultural
Esta arena será montada nas cidades de Laranjeiras e Atalaia Nova e terá apresentações de dez artistas dos variados segmentos culturais do Estado. Além disso, durante o Verão Sergipe também estarão ocorrendo as Oficinas de Qualificação da Cadeia Produtiva da Música, e a Arena Multicultural servirá como prática para os alunos
Atrações da Arena:
Reação
Snooze
Ferraro Trio
The Baggios
Thiago Ribeiro
Alex Santana
Sibberia
Café Pequeno
Banda dos Corações Partidos
Mensagenegra
(obs.: Não encontramos informações sobre quem vai tocar em que dia na arena)
Shows no Palco Principal:
Para finalizar, as noites do Encontro contarão com apresentações musicais de grandes artistas.
Dia 8 de Janeiro
Amorosa
Vanessa da Mata
Olodum
Dia 9 de Janeiro
Antônio Rogério
Chico Queiroga
Lenine
Como Chegar.
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O acesso à cidade de Laranjeiras é feito pela BR-101, que liga Sergipe a Alagoas. A distância entre Aracaju e Laranjeiras é de 23 quilômetros.
O Encontro
Há 34 anos, a cidade de Laranjeiras é palco de um dos mais importantes eventos culturais do Estado. O Encontro Cultural de Laranjeiras surgiu a partir de uma quermesse criada para angariar fundos com a intenção de ajudar a população mais necessitada da cidade. Nesta quermesse, ocorria a exposição e venda de artesanato, apresentação dos grupos e venda de comidas típicas e lanches.
Foi a partir desta ideia que formalizou-se, no mês de janeiro, coincidente com a Festa de Santos Reis, o Encontro Cultural de Laranjeiras, evento que reúne estudiosos, pesquisadores e brincantes populares de todo o país. A cidade tem sediado durante 34 anos ininterruptos o evento, que tem como enfoque principal a cultura popular.
Com um público estimado em mais de 100 mil pessoas, a noite de abertura do Forró Caju 2009 foi digna da expectativa que o evento costuma gerar.
Atrações
A primeira atração da noite, a cantora sergipana Cremilda, animou a galera que chegou mais cedo para a festa. Logo em seguida veio a Orquestra Sanfônica de Aracaju, que tocou um forrozinho de primeiríssima qualidade, daqueles dos bons, tanto para ouvir quanto para dançar, ou para os dois, é lógico. Depois da Sanfônica, veio o forró autêntico de mestre Zinho.
Em seguida, num clima de “viemos para fazer um show que vai ficar na memória” subiu ao palco a banda Aviões do Forró. Era latente, principalmente para quem estava mais pertinho da banda que eles estavam a fim de dar o melhor. E conseguiram, pois foi dos melhores shows do Aviões que já presenciei.
Solange e as dançarinas mostraram gás e pique invejável no palco, trocaram de roupa no mínimo três vezes e deram espetáculo em termos de beleza, disposição e graça. Além disto, todos estavam muito animados e empolgação, o que naturalmente se refletiu no público que foi ao delírio ao som da banda.
O repertório ajudou a tornar o show ainda melhor, foi um repertório um pouco mais agitado que o normal, um pouco mais direcionado a fazer dançar, digo isto, tanto por causa dos sucessos da própria banda, que foram todos tocados da melhor forma possível, quanto pela inserção de sucessos que são comuns no repertório de outras bandas. Um exemplo disto foi Solange Almeida cantando “Burguesinha” que teve direito a “suquinho de maça” e tudo. Muito bom!
Durante a apresentação, Solanje Almeida anunciou que a gravação do próximo DVD ao vivo será em Aracaju, no mês de setembro. Uma demonstração clara do carinho e do respeito que a banda nutre pelos sergipanos. Uiii….
Estrutura do Evento
Novamente o evento foi muito bem montado. Acredito que foi feito o melhor possível. Gostei do que vi. Achei legal que não estava tão apertado quando nos dois anos anteriores, mesmo na abertura com aviões do forró numa sexta. Lembro que a 2 anos, Aviões tocou numa terça e estava muito mais apertado. Não achei o publico menor. Uma coisa muito legal e extremamente simples que foi feita, foi liberação de um grande espaço que fica na lateral dos camarotes e a esquerda de quem está de frente para o palco. Isto tornou o melhor local para ficar na festa (mais folgado e com gente mais bonita) ainda melhor. Minha análise desta parte é superficial. Comentários são bem vindos.
Segurança
Não tive ainda acesso às estatísticas, mas vi a polícia agindo muito rapidamente ao menor sinal de confusão. Percebi umas 5 confusões, mas não vi quem estava brigando em nenhuma delas, pois a PM agiu muito rapidamente em todas, resolvendo o problema em segundos. Espero que tenha sido assim na festa toda. Outro ponto legal que observei, foi que a revista, pois no momento em que entrei estava muito cuidadosa.
Tratamento dado a imprensa online
Antes de tudo, quero dizer que esta crítica não é direcionada exclusivamente ao evento Forró Caju 2009. Pois justamente no âmbito governamental, o tratamento, se não é o ideal, está significativamente mais próximo do ideal que no âmbito privado.
Um ponto negativo foi sentir novamente a falta de respeito com que são tratados os profissionais dos portais de notícias na internet, mesmo devidamente credenciados.
O ponto mais obscuro desta questão é uma generalização que beira o preconceito direcionado apenas aos crachás identificados com a palavra “SITE”. Esta rotulação é generalista e ridícula, tendo até mesmo tons preconceituosos. Veja nosso próprio exemplo, caro visitante. Na prática, o que fazemos é coletar, redigir, editar e publicar informações sobre eventos atuais, assim como qualquer jornal do mundo. No nosso caso publicamos conteúdo de forma diferenciada num portal moderno e que sempre está atualizado. Discriminar-nos por não publicarmos em papel, é ridículo. Até porque, o papel é um meio que gradativamente vem perdendo popularidade como fonte de notícias atuais, ao contrário da Internet que só tem crescido neste sentido.
Queremos destacar que no caso do Forró Caju 2009 o acesso foi liberado, notadamente nos ambientes (camarotes, palco, etc) sob a responsabilidade do setor público, mas mesmo assim foi fácil perceber que certas restrições eram impostas apenas a profissionais da imprensa online. Mesmo estes estando devidamente credenciados para o evento.
Um ponto positivo foi o pessoal que fez o controle no acesso aos ambientes. Independente de ser particular ou público, independente de políticas de restrições injustas e generalistas, todos os profissionais desta área se mostraram muito bem preparados, o que é muito bom.
Considerações finais
Foi uma festa maravilhosa que mostrou que o Forró Caju, mesmo com menos dias e consequentemente menos atrações, continua vivo e forte. Começou com o pé direito. Fica a torcida para que seja assim, neste bom “chamego que mexe com a gente” até o último dia.
Cobertura: Vinicius AC e Luciana Lima. Texto: Vinicius AC
No dia 24 de Maio, mais uma mistura gostosa de forró com axé invade Aracaju. O Forró com Amor 2009 ocorrerá na Praça de eventos da Orla da Atalaia e terá atrações de peso como Aviões do Forró, Banda Eva e Mina.
O Forró Com Amor marcará o lançamento dos blocos Aviões Elétricos e Eva para o Pré-Caju 2010, portanto na compra de um desses blocos ganha ingresso para essa festa.
Como em todos os eventos com a marca Augustu’s Produções e Eventos, se espera uma super estrutura montada para garantir o conforto da galera.
Maiores informações: 79 3238-1010(Central do Pré-Caju)
Banda Mina: nova revelação da música baiana
Com seu estilo jovem, moderno e com muita energia, a banda Mina já se firma como uma das revelações para o carnaval 2009, onde comanda o bloco A Novidade na sexta-feira e no sábado, no circuito Barra-Ondina e nos outros dias se apresenta em outras cidades do Brasil.
Liderado pela vocalista Mariana Assis o grupo fez sua estréia nacional com uma temporada de ensaios da casa de eventos Madrre, durante os meses de agosto e setembro e conquistou o público. Para o verão, a Mina preparou uma nova música, Seu Encanto, de Aline Barreto, Fábio Alcântara e Duller, que mostra todo o swing da banda que está conquistando a Bahia e o Brasil.
Com concepção artística de Alexandre Lins, produtor musical dos discos de Ivete Sangalo, Eva, Harmonia do Samba, entre outros, a Mina tem uma veia mais Pop e inova ao trazer dois trombones para palco. O repertório do show, traz os clássicos da música baiana e medleys que vão de Amy Winehouse a Tribalistas. “A gente toca um Axé Pop, que não deixa as células do samba reggae e da percussão e trazendo sempre novidades de outras músicas para o gênero”, revela Mariana, que canta e encanta desde os quatro anos.
Vi algumas reportagens da TV Globo sobre o conflito entre militante do MST e jagunços numa fazenda do banqueiro condenado Daniel Dantas, e de cara achei que a narração não casava muito bem com as imagens. A reportagem fala de jornalistas como escudo humano, de troca de tiros entre os dois lados, de jornalistas e pessoas presas na fazenda, impedidas de sair, por causa dos sem terra. Nada disso, bate exatamente com as imagens mostradas. Só analisando as imagens, a impressão que ficou foi de uma reportagem tendenciosa, especialmente pela falta de críticas a ação violenta dos jagunços, e também um pouco mentirosa.
Veja os vídeos abaixo.
Abaixo, matéria do Jornal Nacional, versão menos pior, entre todas as mostradas pela Globo, mas que mesmo assim, está longe de ser boa
Qualquer criatura normal percebe que há algo errado com a reportagem, apenas vendo as imagens.
Minha impressão(considerando que sou um criatura normal, normal com um margem de tolerância alta) foi:
“Me parece que 9 pessoas saíram feridas, sendo 8 do MST e um jagunço de Daniel Dantas. Pelas imagens, me pareceu também que os jornalistas estavam relativamente(dentro dos limites que o contexto permitia) protegidos atrás de caminhonetes e dos jagunços de Daniel Dantas. Jagunços estes que portavam muitas armas, algumas de grosso calibre e que pelas imagens, atiraram para matar. Não vi armas nas mãos dos sem terra, mas se existiam, estes estavam muito em desvantagem. Achei até meio suicida a atitude deles. Realmente não entendi a questão dos jornalistas como escudos humanos.”
Meus questionamentos vêm apenas das imagens, não sabia a versão do MST, não havia lido comentários/críticas sobre o assunto.
Logo depois, encontrei a versão do MST no portal de Paulo Henrique Amorin, neste link: http://www2.paulohenriqueamorim.com.br/?p=9494. Me pareceu muito mais crível, a versão deles. Principalmente devido as imagens veiculadas pela própria Globo.
Suspeitava que o fundo do poço havia chegado. Mas não, eu estava enganado. O fundo do posso, suponho, é o que está logo abaixo. Vejam esta nota:
“A Associação Nacional de Jornais – ANJ – repudia com veemência a ação criminosa de integrantes do Movimento dos Sem-Terra – MST – do Pará, no sábado, dia 18, que mantiveram quatro jornalistas como reféns e os usaram como escudos humanos no enfrentamento com seguranças da Fazenda Castanhais, em Xinguara.
É injustificável e condenável sob todos os aspectos que se atente dessa forma contra a integridade física das pessoas, num revoltante descaso com a vida humana. Além disso, os integrantes do MST atentaram contra o livre exercício do jornalismo, aterrorizando profissionais que cobriam o evento com objetivo de informar à sociedade. Felizmente, ninguém saiu fisicamente ferido dessa ação criminosa.
A ANJ espera que as autoridades do Pará cumpram com sua obrigação, investigando com rapidez e eficiência o crime cometido contra os jornalistas e a sociedade, identificando seus autores e levando o caso à Justiça, para a devida punição. A democracia é o regime da ordem, do respeito à vida humana e da valorização da liberdade.”
Como dá para perceber claramente, a associação toma partido de forma veemente, reafirmando as acusações citadas nas reportagens da Globo, só que de forma mais incisiva. Além disto cobra providências imediatas contra os sem terras devidos aos supostos crimes cometidos, que na nota são claros e incontestáveis.
O problema é que a reportagem da Globo aparentemente está cheia de inverdades, pois o mais provável é que o MST tenha sido vítima e não algoz, logo, todos os fatos destacados na nota da ANJ são aparentemente falsos.
A ANJ, segundo o nome indica, representa todos os jornais brasileiros, por isto a nota acima dá nojo de ler. Neste exato momento estou sentindo um incômodo nas entranhas apenas por ter colado ela aqui. Imagino se eu fosse jornalista, o que sentiria.
Meu nojo pela nota da ANJ ficou ainda maior, depois de ler o seguinte texto publicado no portal de Paulo Henrique Amorin.
O Conversa Afiada recebeu de uma amiga navegante (muito inteligente, por sinal e que, por isso, evita assistir ao jornal nacional, ao Bom (?) Dia Brail e ao patibular William Waack, para não se sentir em cárcere privado:
Repórter da Globo desmente versão de cárcere privado
27/04/2009 Por Max Costa*
Vitor Haor, repórter da TV Liberal – afiliada da TV Globo -, depôs ao delegado de Polícia de Interior do Estado do Pará e, em seu depoimento, negou que os profissionais do jornalismo tenham sido usados como “escudo humano” pelos Sem Terra, bem como desmentiu a versão – propagada pela Liberal, Globo e outras emissoras – de que teriam ficado em cárcere privado, durante conflito na fazenda Santa Bárbara, em Xinguara.
Está de parabéns o repórter – um trabalhador que foi obrigado a cumprir uma pauta recomendada, mas que não aceitou mais compactuar com essa farsa. Talvez tenha lhe voltado a mente o horror presenciado pela repórter Marisa Romão, que em 1996 foi testemunha ocular do Massacre de Eldorado dos Carajás e não aceitou participar da farsa montada pelos latifundiários e por Almir Gabriel, vivendo desde então sob ameaças de morte.
A consciência deve ter pesado, ou o peso de um falso testemunho deva ter influenciado. O certo é que Haor não aceitou participar até o fim de uma pauta encomendada, tal quais os milhares de crimes que são encomendados no interior do Pará. Uma pauta que mostra a pistolagem eletrônica praticada por alguns veículos de comunicação e que temos o dever de denunciar.
Desde o início, a história estava mal contada. Um novo conflito agrário no interior do Pará, em que profissionais do jornalismo teriam sido usados como escudo humano pelo MST e mantidos em cárcere privado pelo movimento, em uma propriedade rural, cujo dono dificilmente tinha seu nome revelado. Quem conhecia e acompanhava um pouco da história desse conflito sabia que isso se tratava de uma farsa. A população, por sua vez, apesar de aceitar a criminalização do MST pela mídia e criticar a ação do movimento, via que a história estava mal contada.
As perguntas principais eram: como o cinegrafista, utilizado como “escudo humano” – considero aqui a expressão em seu real sentido e significados -, teria conseguido filmar todas as imagens? Como aconteceu essa troca de tiros, se as imagens mostravam apenas os “capangas” de Daniel Dantas atirando? Como as equipes de reportagem tiveram acesso à fazenda se a via principal estava bloqueada pelo MST? Por que o nome de Daniel Dantas dificilmente era citado como dono da fazenda e por que as matérias não faziam uma associação entre o proprietário da fazenda e suas rapinagens?
Para completar, o que não explicavam e escondiam da população: as equipes de reportagem foram para a fazenda a convite dos proprietários e com alguns custos bancados – inclusive tendo sido transportados em uma aeronave de Daniel Dantas – como se fossem fazer aquelas típicas matérias recomendadas, tão comum em revistas de turismo, decoração, moda e Cia (isso sem falar na Veja e congêneres).
Além disso, por que a mídia considerava cárcere privado, o bloqueio de uma via? E por que o bloqueio dessa via não foi impedimento para a entrada dos jornalistas e agora teria passado a ser para a saída dos mesmos? Quer dizer então que, quando bloqueamos uma via em protesto, estamos colocando em cárcere privado, os milhares de transeuntes que teriam que passar pela mesma e que ficam horas nos engarrafamentos que causamos com nossos legítimos protestos?
Pois bem, as dúvidas eram muitas. Não apenas para quem tem contato com a militância social, mas para a população em geral, que embora alguns concordassem nas críticas da mídia ao MST, viam que a história estava mal contada. Agora, porém, essa história mal contada começa a ruir e a farsa começa a aparecer.
* Max Costa é jornalista de Belém e também membro da secretaria geral do PSOL
Depois tudo isto, declaro em minha própria mente encerrado o caso, e julgo a rede Globo culpada de manipulação de informação, publicação de inverdades. Além disto, reitero minha ojeriza a tal nota da ANJ (éca!).
Encerro desejando sorte ao MST. Movimento SOCIAL ao qual relativamente poucos brasileiros são simpáticos, em parte por problemas do próprio MST, em parte por problemas culturais do Brasil, mas em grande parte por causa deste tipo de cobertura que a mídia costuma fazer de suas ações (esta foi das piores, vamos ressaltar).
Neste caso, graças a internet, ficou claro para mim a verdade, mas e para aqueles que não tem acesso tão fácil a internet quanto nós, será que a verdade ficou clara? Qual será a impressão que ficou para a maioria da população?
( Obs.: não tenho nenhuma ligação com o MST. Fazendo um confissão, pelos motivos citados, sou mais um dos que nunca nutriram simpatia )
A convite do DCE da UFS, Fernando Anitelli , 34 anos, ator, músico, compositor e criador do projeto “O Teatro Mágico” esteve no salão do restaurante universitário dando uma excelente (eu gostei muito) palestra.
O tema da palestra foi: Juventude e Cultura. Nela Anitelli abordou de forma brilhante e bem humorada temas como produção independente, liberdade de expressão, papel da internet no trabalho dele, e mutos outros.
Neste vídeo é possível assistir a palestra completa de Anitelli na UFS. Vale a pena conferir, mesmo que de lado e no escuro(explico lá embaixo). Neste caso, o mais importante é o áudio.
Neste outro vídeo está uma parte (fica um gostinho de quero mais da poxa) da bela canja que Anitelli deu depois da palestra . Porque só uma parte? Explico logo abaixo.
Explicação: Por puro problema de BIOMAN (Bicho Ignorante Operando Máquina Nova) cometi 4 erros. 1 – Filmei a palestra de lado; 2 – Filmei a palestra contra o sol; 3 – Filmei na resolução máxima, o que acabou me impedindo de filmar toda a canja por falta de memória; 4 – Dei zoom durante a filmage da canja três vezes sem saber que ao fazer isto o audio dava uma pequena pausa. Mas tirando estes probleminhas, ficou ótimo 😀
Prato cheio para os fãs da trupe, está confirmado para o dia 12 de março no Camping Clube em Aracaju mais uma apresentação do Teatro Mágico. O grupo realizou em 31 de Outubro do ano passado uma apresentação espetacular no palco do Espaço Emes. Para quem gosta, é um prato cheio depois das agitações do carnaval. A Cia traz um show repleto de elementos musicais e visuais que encantam o público. O retorno à Aracaju é parte da turnê do Segundo Ato, lançado em 2008, mas o repertório traz canções do primeiro álbum do grupo e algumas “inéditas”.
“Longe da crítica, perto do público”, assim relata o jornal “Folha de São Paulo”, elegendo, através de seus leitores, a cia. musical e circense O Teatro Mágico como o melhor show da atualidade no Brasil.
A trupe criada por Fernando Anitelli, lança seu segundo trabalho com a proposta de entrar mais a fundo nos debates sobre problemas característicos de nossa sociedade. As músicas do álbum parecem penetrar o íntimo desta realidade.
No primeiro CD (Entrada para Raros), a trupe estava imersa num universo paralelo, num lugar onde tudo era possível, falávamos de lutar pelos nossos ideais, pelos sonhos. No “Segundo Ato”, a gente dialoga sobre como realizar isso. É como se a trupe chegasse à cidade e se deparasse com as questões sociais e urbanas, como o cotidiano dos mendigos citados na música “Cidadão de Papelão” ou a problemática da mecanização do trabalho, questionada na canção “O Mérito e o Monstro”. Indo mais além, na música “Xanéu nº5?, há um debate sutil e, por vias opostas, mordaz, sobre o amontoado de informações que absorvemos, sem perceber, assistindo aos programas de TV da atualidade, explica Anitelli.
O espetáculo permanece em sua essência do “podemos ser quem e o que quisermos”. Envolvidos pela música descobrimos a satisfação em ser um pouco mais do que acreditamos, ou do que somos obrigados, e nos deixarmos conduzir pelo ritmo, mergulhando num prazerozo conflito entre a realidade com o sonho.
Data/Local
12/03/2009 – 21h
Camping Club Aracaju
Atrações
O Teatro Mágico (SP)
Naurêa (SE)
Preço / Pontos de Vendas
R$ 20,00
Loja Stalker / Shopping Jardins
Realização
Villela Produções
Meugênio Produções
No final de outubro passado, O Teatro Mágico esteve em Aracaju num magnífico espetáculo no espaço EMES. Abaixo, pra relembrar, nossa opinião sobre este espetáculo [ clique AQUI para ver as fotos ].
“A poesia prevalece…” Assim começa a primeira noite do Dueto Cultural, com a apresentação da Cia. circense O Teatro Mágico. “Evoca-se na sombra uma inquietude…” E vê-se agitar um público ansioso. Muita gente ainda fora do espaço pôs-se a correr agoniadamente quando ouviu o chamado. O Teatro Mágico sobe ao palco e, mesmo sem o abrir das cortinas, começa um espetáculo envolto de expectativas. Amadurecência arrepia e Abaçaiado levanta a galera mostrando nada mais nada menos do que aquilo que o grupo faz muito bem: transmitir paixão pelo que faz. As pessoas foram se aglomerando em frente ao palco e ficando juntinhos, juntinhos, “como arroz e feijão”.
O público pulava, vibrava, se soltava. Cada um assumia seu personagem, já que tudo era permitido e a ordem era curtir. Impossível não se emocionar com o coro dos fãs em todas as músicas com letrinhas na ponta da língua. “Ana e o Mar” num solo instrumental e todo mundo cantando… Lindo! O repertório não deixou a desejar e a cada canção vivia-se um momento um único e inesquecível. “A fé solúvel” fez uma fãzinha ao meu lado chorar, soluçar e tremer. Ela dizia: “Eu amo, eu amo… Não consigo me controlar!” Pergunto se alguém conseguiu. Não falo de descontrole no sentido de perder as rédeas, sim de se permitir enlouquecer um pouco, imaginar muito e se deixar levar sem reprimir. Notavelmente o público se entregou e entrou no mundo dos sonhos, da magia. As performances no tecido acrobático, no trapézio e no palco hipnotizaram algumas pessoas, encantaram todo o público. Era o teatro mágico de uma realidade que desejamos, da vida real misturada com a que imaginamos. Sucessos do álbum “Entrada para Raros” completavam o repertório do show “Segundo Ato”.
Difícil definir o ponto ‘G’ do show de TM, vai ficar por conta de cada um. Como dito anteriormente, ocorreu um verdadeiro espetáculo sonoro, visual e de contato. Estaria mentindo se dissesse que não existem palavras para descrever o show, pois as próprias palavras cantadas o definem e, utilizando algumas poucas (com exagero de fã ou não), fica assim entendido: perfeito, maravilhoso, completo, excelente, gigantesco, espetacular. Vamos finalizar os comentários sobre o Teatro Mágico assim: “Só enquanto eu respirar, vou me lembrar de você”, com a lembrança das palmas, do coro, da sensação coletiva de satisfação e saudade, da tristeza pelo fim misturada à alegria pela realização.
Cobertura: Samara e Vinicius
Algumas fotos do show de outubro de 2008 no Espaço Emes:
A 10 minutos da capital, com praias lindas, muito sol, frevo, axé e pagodão por todos os lados, pode vim quente que o carnaval da Barra dos Coqueiros está fervendo. Confiram:
Sábado (21/02)
Sede do Município:
Das 14h às 18h – Saída dos blocos de Frevo ” Rasgadinho” (05 Blocos)
Atalaia Nova:
19h – 21h Tenda Eletrônica ( Dj Matheus)
21h – 21h30 Abertura Oficial
21h30 – 23h30 – Abalada
23h30 – 01h30 – Marangadaia
01h30 – 03h30 – Dekola
03h00 – 05h30 – CIA do Guetto
05h30 – 06h – Tenda Eletrônica
Domigo (22/02)
Praia da Costa:
16h às 19h Banda Valneijós
Atalaia Nova:
19h – 21h – Tenda Eletrônica
21h – 23h – Banda Capitão Axé
23h – 01h – Priscila Taty
01h – 03h – Banda Carnavalis
03h – 05h – Banda Pitchula
05h – 06h – Tenda Eletrônica
Segunda – (23/02)
Praia da Costa:
16h – 19h – Banda Trem de Pouso ( Ninha ex-timbalada)
O ditado que diz que passar carnaval em Aracaju é sinônimo de aproveitar o feriadão apenas para descansar vem ficando ano após ano cada vez mais fora de moda.
Em 2009, por exemplo, mais de 40 grupos carnavalescos desfilam pelas ruas da cidade durante todo o carnaval em diversos bairros da cidade. Ou seja, deitar numa sombra, tomar água de coco e curtir a brisa é uma boa opção disponível, mas não dá pra dizer que é a única.
Confira abaixo a programação carnavalesca na capital sergipana.
Bloco Rasgadinho:
Dia 20/02/09 – Sexta-feira
20h – Show de abertura Os Feras do Frevo (Avenida Pedro Calazans)
22h – Show de abertura com Morais Moreira (Avenida Pedro Calazans)
24h – Show de Rogério (Avenida Pedro Calazans)
Dia 21/02/09 – Sábado
11h – Show da Tempo de Frevo (Clube do Rasgadinho, Rua Riachão)
12h – Saída do Rasgadindo com Guita Freva e Carla Izabela e Banda
18h – Show com Os Feras do Frevo (Avenida Pedro Calazans com Rua Maruim)
22h – Show com Alceu Valença (Avenida Pedro Calazans com Rua Maruim)
Dia 22/02/09 – Domingo
11h – Show da Tempo de Frevo (Clube do Rasgadinho, Rua Riachão)
12h – Saída do Rasgadinho com Armandinho (Clube do Rasgadinho, Rua Riachão)
18h – Show da Tempo de Frevo (Clube do Rasgadinho, Rua Riachão)
21h – Show com Los Guaranis (Avenida Pedro Calazans com Rua Maruim)
Dia 23/02/09 – Segunda-feira
17h – Matinê com a banda Tempo de Frevo (Avenida Pedro Calazans com Rua Maruim)
.
Confira a programação do demais blocos de Aracaju:
Dia
bloco
Hora
Local
13/fev
Bloco Carro Quebrado
20:30
São José (Concentraçao na Av. Edézio Vieira de Melo – feirinha do bairro Sào José)